França empurra Moçambique para a armadilha dos combustíveis fósseis

Entre 2010 e 2013, foram descobertas enormes jazidas de gás em Moçambique. Foram encontrados cerca de 5 triliões de metros cúbicos, fazendo desta a 9ª maior reserva de gás do mundo. Nos próximos anos, está previsto um investimento mínimo projectado de 60 biliões de dólares na exploração destas reservas, o que representa o maior investimento jamais realizado na África Subsaariana. A empresa Francesa Total lidera o projecto GNL de Moçambique e o governo Francês está também envolvido na indústria do gás em Moçambique.

Este investimento seria 50 vezes o dinheiro recolhido pela ONU para financiar os esforços de reconstrução em Moçambique após a devastação dos ciclones tropicais Kenneth e Idaï em 2019. O “ganho inesperado” da indústria do gás já está a provar ser uma maldição para a população de Moçambique, especialmente para as comunidades locais envolvidas num conflito cada vez mais violento.

Este resumo delineia a relação corrupta entre o governo Francês e a indústria do gás em Moçambique.

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